aurora e theo

Novembro de 2015 - Aurora 5 anos e 1 meses / Theo 1 ano e 4 meses Theozinho começou a falar papa. Auóa. Gosta de brincar com pau de madeira. Adora seus bloquinhos de montar. Ri pra todo mundo. É um menino muito sociável. Adora o papá do papai, que vai abacate, frutas secas, limão, damasco. Theo adora ir buscar a irmã na escola no Grão. Fala muito alto: cCKTYFDKUYGIUTYDKHUVLUYOYG, a língua dele, muito aaaalto. Adora ir no clube, brincar na areia. Adora molhar o jardim, ama as plantas. Rega todo dia! Adora o radio ligado e dança quando ouve música. Come de tudo, mas gosta mesmo é de doce, esse Theo malandro. Aurora anda muito bailarina, ensaia seus passos e esse ano tem a primeira apresentação. Aurora é muito carinhosa com o irmão, abraça e diz que a hora do dia que ela mais gosta é quando o irmão vai acordá-la na cama. Aurora sempre gostou de dormir tarde e o theo de dormire e acordar cedo. Lola adora as Ever After High, bonecas lindas filhas dos personagens dos contos de fadas. Aurora gangou um aparelho pro dentinho, rosa, da bela adormecida com brilho. Chama a mãe de: GORDAAAA. E adora histórias da turma do Luizinho, que são os amigos da mamãe da escola (polyana, marcelinho paulinho, farzin, marcos cabeção, Belo e Ana Martha). As histórias sempre se passam na escola e com as travessuras da belo malvadinha e do Luizinho, meio boboca. O papai conta histórias do Oswaldinho, que se passam bastante na fazenda. Vivemos um momento de violência. E isso se refletiu nesses desenhos e depoimentos da nossa pequena: "Minha filha de 5 anos chegou pra mim ontem com a ideia de brincar de jornal. E disse que ia escrever as notícias. Sentou com suas canetinhas no escuro. E começou a desenhar. Eu falei - Vai desenhar no claro, filha. Ela disse que não eram boas notícias. E veio com um desenho de uma cobra que segundo ela cuspia fogo pela boca. Eu olhei e fiquei meio sem saber o que dizer. Então ela rapidamente disse - Preciso escrever mais notícias! E sentou no escuro de novo e voltou com outro desenho. Era uma casinha. Olha, é uma casa toda aberta filha. É uma casa sendo assaltada. Mas aqui é polícia prendendo o ladrão. Meu olho encheu de lágrima. Tentei disfarçar. Mas não deu. Nossa filha, mas não tem boa notícia hoje? - Não, mãe, hoje não. Quer dizer, no jornal nunca tem boa notícia. E colocou a mãozinha na cabeça como se tivesse pensando. Já sei! Dessa vez pegou um papel de outra cor. Sentou no claro e um minutinho depois voltou. Com um desenho com várias trapezistas de circo. É o circo que nós fomos mãe. Nós fomos ontem no Circo Zanni. Ela desenhou cada um dos números. E desenhou a gente ali também. E disse aliviada pra mim - Mãe, ufa! A gente tá aqui mãe. Na boa notícia! Eu olhei pra esperança que vinha dela e calei por um segundo meus pensamentos de dúvida. Queria que todo mundo estivesse na boa notícia, mãe! Eu também, filha. Eu também! ... Só pra situar... Nós não assistimos jornal na frente das crianças e evitamos falar disso tudo na frente deles. Mas as coisas estão no ar. As crianças sentem essa distopia. Essa desarmonia. Mas eu tenho insistido muito nisso: É preciso preservar a esperança das crianças. Se pra nós está difícil até proferir essa palavra "esperança", se estamos pessimistas demais pra acreditar em alguma coisa, pelo menos precisamos ter coragem. Coragem. Etimologicamente coragem é agir com o coração. O mundo precisa de coragem!"

sexta-feira, 27 de novembro de 2015